PlayStation 5 é um PS4 Pro² - review de um ano de uso!

 

Sakurinha aprova o PS5... com ressalvas.


Resumo:

Calma fanboy, 

Em resumo, o texto aqui é sobre salto geracional, e de como eles vão ficando cada vez menores.

O PS5 com certeza é mais indicado para quem vai curtir apenas lançamentos e exclusivos do consoles. Para quem tem PS4 Pro e pretende comprar um PS5, mas não tem grana pra lançamentos, talvez seja uma boa hora para esperar.

Cheio de promessas não cumpridas, como os "4K@60FPS em vários jogos" e "8K", o PS5 está mais para um PS4 Pro². Uma evolução positiva, mas muito longe de ser uma "revolução".


PS5 em 2022 ... inútil

"Tem 8K na caixa"

Como retro-colecionador frustrado, me submeti a comprar um PlayStation 5, o tal sonhado console da geração atual. Modelo CFI-1114A adquirido em setembro de 2022

Consegui um bom desconto em uma loja ao dar o meu PS4 Pro semi-novo e pegar o PS5 novinho edição "Horizon Forbidden West".

O meu primeiro console 100% zero em anos, logo após o Mega Drive 2017 da Tectoy. E o primeiro que compro novo na geração atual. Antes eu era aquele cara que esperava alguém ficar no aperto para comprar um videogame. Virei até meme por isso. Como você por ver na imagem abaixo. 


Sim, eu sou o cara do meme.

Fato consumado há mais de um ano.

Minha experiência com o PS5 tem sido boa, mas estou convencido que a retrocompatibilidade com o PS4 está mais para “muleta” do que para “recurso extra”. 

Basicamente o PS5 faz tudo que o PS4 Pro faz, mas melhor. 

Contudo, quando o assunto é entregar visuais com as novas tecnologias de renderização das novas engines como Unreal 5, o PS5 sempre dá uma escorregada.  

Ou os efeitos de sombra foram reduzidos, ou os reflexos estão inexistente. Sempre tem um "porém".

Acredito piamente que o PS5 está mais para um controle de "transição" do que um console realmente da nova geração. 

Até o lançamento de Alan Wake 2 e Spider-Man 2, o PS5 era legal por causa dos loadings rápidos, mas não justificava o investimento. 

Isso se deve ao fato de que tanto o PS5 quanto o Xbox Series X CHORAM quando o assunto é implementar todas as técnicas de visual da nova geração, como por exemplo "Ray Tracing completo" ou Path Tracing

Resident Evil 4 Remake, God of War Ragnarok, até mesmo Horizon Forbidden West são jogos "de transição", feito nas engines da geração passada.Eles tiveram apenas upgrades visuais para ficarem mais bonitos no PS5.

Quando o último trimestre de 2023 realmente chegou, o PS5 já começou a demonstrar sinais de cansaço. 

Ainda assim, é um bom console para o dia a dia e realmente faz tudo que o PS4 Pro deveria fazer, mas faz melhor.

 

Visual espalhafatoso, mas tem um motivo

 

Que negócio estranho.

O design do PS5 é origem de vários memes e brincadeiras, mas a verdade é que pouca gente entendeu o design “ultra-futurista” do PlayStation 5. 

 Esqueça todo aquele blá blá blá sobre refrigeração.

O design do PlayStation 5 é um dos piores para esse tipo de coisa, sem falar que o videogame é literalmente um aspirador de pó para sujeira

Se você tem gato ou cachorro em casa, limpe o PS5 de 6 em 6 meses. 

O visual espalhafatoso tem um motivo e ele está mais relacionado ao marketing. 

O PlayStation 5 é assim para parecer tudo… menos uma caixa. 

Entendeu agora? O visual não foi feito pra ser bonito, foi feito para ser “alienígena”, algo fora do comum. Algo para quem não conhece videogame olhar e pensar: “o que diabos é isso”?

Ao usar “gatilhos de escassez” (não sei se foi intencional ou não), a verdade é que o console da Sony ganhou status “Apple” e virou sonho de consumo, do tipo que as pessoas compram e fazem questão de postar nas redes sociais.

Eu não fiz isso, afinal, você me conhece… sou o cara que criou um site e um canal onde nunca apareço. 

 

A grande c*gada no PS4

O PlayStation 4 e PlayStation 4 Pro são consoles com uma interface bonita, mas muito desengonçada. O que era belíssimo e funcional no PS3 e PSP, ficou muito lento no PS4. 

 A Sony teve a ideia “brilhante” de integrar a web em um console que ficaria sempre conectado à internet, “re-cacheando” as coisas repetidamente sem deixar muita RAM para a interface. O resultado é uma interface lenta e que demora para carregar simples menus. 

Interface do PS4 e PS4 Pro é horrivelmente lenta.

 

A “atualização” chamada PS4 Pro, reserva 1 GB de RAM para o interface com o intuíto de deixar ela mais fluída, antes era reservado apenas 512 MB. Não foi suficiente. Esse  “erro” foi corrigido apenas no PS5. 

 O PS5 faz tudo que o PS4 Pro deveria fazer, só que melhor:

  • Entrega 4K Nativo (ou quase com direito a 1440p@60) em jogos do PS4, 
  • Bom framerate e quase sem "checkboard",
  • Gravação de jogos sem o console “voar”,
  • Live Streaming en 1080p@60 com boa qualidade, também se precisar o console “decolar”. 

 

Resumindo, tudo que o PS4 PROmeteu, o PS5 cumpriu. 

 

 É por isso que para mim o PS5 é apenas um produto “Incremental” do PS4 Pro. É uma evolução! Não uma revolução como foi de PS1 para PS2, PS2 para PS3 e PS3 para PS4. 

Como sabemos, a história é cíclica e tende a se repetir, ou seja, as promessas feitas pelo PS5 de jogos com muito Ray Tracing  e etc, quem vai entregar mesmo é um “PS5 PRO” ou PS6. Quem duvida?

 

O poder subestimado do PS4 Pro com SSD via USB

O Digital Foundry, renomado canal de tecnologia no Youtube, passou uma dica muito boa que pouca gente seguiu. 

Colocar um SSD externo no PS4 e PS4 Pro. 



Se você está com pouca grana, e vai jogar apenas games do PS4,  um PS4 Pro com SSD via USB 3.0 fará muito mais sentido. 

Sempre usei o PS4 PRO com SSD Externo via USB 3.0, que além de ser mais rápido com o HD interno, ter barramento mais veloz que o SATA, retira a necessidade do HD rodar a toda velocidade. 

O HD interno do PS4 esquenta demais durante o jogatina e ajuda a aquecer o console como um todo. 

Usar um SSD externo é um truque de mestre que muita gente subestima. 

Mesmo em jogos “pesados” para o PS4 Pro como Death Stranding, o PS4 Pro “Não decola”, não vira um “drone” como muita gente comenta.

 

Controle gigante e cheio de tecnologia pouco utilizada

 Sobre o controle do PlayStation 5, tenho a  dizer o seguinte.

 O Dualsense já é conhecido por ser um controle problemático, por conta de sua predileção a ter “drift”. Contudo, esquecendo um pouco esse problema, a meu ver, o controle tem outro, ele é muito grande e grosso. 

 Comprei também um controle de Xbox Series S para jogar no PC, o qual eu acho perfeito para essa atividade. Já o Dualsense, eu acho ele desnecessariamente grosso. O controle parece um tijolo na mão, e mesmo para “pessoas grandes”.

O motivo do controle ser tão “parrudo”, se deve ao fato dele ter muita tecnologia embarcada. Porém, essa tecnologia vem sendo sistematicamente esquecida por 99% das empresas, o que é uma pena. 

 Nem mesmo o sensor de movimento que já vem no controle, e que é genial para jogos de tiro, para substituir uma assistência de mira, é utilizado (obs: isso existe em outros controles também). . 

 Os gatilhos contam com uma espécie de  force feedback bem legal, mas é algo que quase nenhum jogo usa. 

 O sistema de vibração é muito detalhado e combinado com o microfone e fone poderiam dar uma imersão legal, se bem utilizados.

 Ah, mas tudo isso é “gimmick” (uma firula), você deve estar pensando. Amigo, parte do videogame é o “Play”, é o brincar. É mesmo uma pena que o Dualsense seja pouco utilizado como se deve pelas produtoras.  

 Mas já fica a preocupação quando lançarem o PS6, como será o controle? Maior que o Dualsense?

 

Ecossistema acertado

Eu gostava muito do Xbox360, curtia mesmo! Porém, desde o Xbox One e o Series, eu deixei a Microsoft um pouco de lado. 

 Afinal, para quem tem um PC razoavelmente bom, e principalmente agora com serviços de cloud gaming como Geforce Now e xCloud, o console da Microsoft é TOTALMENTE dispensável. 

Para resumir o que quero dizer, é que no que diz respeito ao “ecossistema”, o PC e Xbox são uma coisa só. Isso é bom? É, mas torna o Xbox dispensável e até produto sem “vida”. 

Por outro lado, PlayStation e Switch ainda possuem aquela “weirdness”, aquela “esquisitice” boa dos videogames. 

Os troféus, o sistema de interação com amigos, a comunidade “platinadora”, os jogos estranhos, gravação de gameplay, Streaming, e até os tutoriais da própria Sony para limpar e colocar SSD (inclusive externo). 

No Xbox, a experiência é “pausterizada”. Se a ideia éeliminar a caixa”, e focar na “nuvem: parabéns Microsoft, você está no caminho certo. 

 


 

Conclusão

Enfim, o PlayStation 5, enquanto console, entrega o esperado para um sucessor do PS4 Pro. Faz tudo que o anterior faz, porém melhor.

O problema é justamente esse, não há grandes saltos, não é uma melhoria que justifica a compra e o preço elevado (por mais que esteja baixando aos poucos). 

Em termos geracionais, o PS5 já é um console de transição. Ele não vai conseguir entregar todos os visuais que esperamos da atual geração. 

A menos que a AMD faça um milagre com FSR para ele ser tão bom quanto o DLSS da Nvidia, no quesito Ray Tracing, sempre teremos um console que entrega visuais bonitos nos materiais, mas vai ficar abaixo de placas mais modestas nos quesitos iluminação, sombras e reflexos.

O PlayStation 5 parece mais um console de “meia-geração” assim como o PS4 Pro, do que um console de “nova geração”. 

Cyberpunk 2077, uma prova de que com SSD, o PS4 podia mais.

 

A Sony e Microsoft resolveram lançar seus consoles da “nova geração” em 2020, quando os desenvolvedores de jogos ainda estavam usando ferramentas para a geração passada. 

Todo o potencial do PS5 talvez se apresente apenas no ano que vem (2024), quando os desenvolvedores já estiverem mais confortáveis com novas ferramentas como Unreal 5. 

São vários os exemplos de jogos que vieram “apressados” ao PS4 como Cyberpunk 2077 e Control, e que por conta disso, ficaram bonitos no PS5 apenas 2 ou 3 anos depois. 

Assim sendo, com um ano de uso, não digo que foi uma má compra, mas com certeza não valeu a pena comprar o PS5 em 2022, era melhor ter esperado um ano… ou mais. 

Sou uma das poucas pessoas que realmente faz isso. A maioria defende suas compras como se fossem pessoas "iluminadas". (Iluminadas apenas pela própria ignorância).

Eu realmente ficaria com o PS4 Pro por um bom tempo, pois para mim, a melhor hora de comprar um console, é sempre perto do final da geração dele. Quando o S.O está acertadinho e a maioria dos jogos estão sem bugs e muitos são vendidos com descontos, mais baratos e todas as DLCs inclusas. 

 

 

Passei bons anos sem um videogame da geração atual, e outros bons anos sem videogame nenhum, apenas jogando games no emulador de PC. 

E isso é errado! Muita coisa se perde no processo.  

 Eu considero videogame um movimento cultural, e não estou falando apenas dos games em si, falo da cultura em torno dos consoles de videogame também. 

Não vou nem discutir muito isso, mas basta imaginar o fenômeno Super Mario Bros em um mundo apenas com PC Gamers…

Não guardo críticas quando o assunto é geração atual. Deixando de lado o Nintendo Switch, os consoles de videogame atuais são basicamente notebooks disfarçados de consoles de mesa. E isso é muito triste.

Por exemplo, é bem triste não termos um console da geração atual potente com chipset da Nvidia (espero que o Switch 2 mude isso). PS5 e Xbox Series são mais parecidos do que muita gente imagina.

Na época do PlayStation 3, a Sony ainda era uma empresa voltada para tecnologia e que desenvolvia muita coisa legal como o Blu-Ray e o famoso - e problemático - processador Cell.

No PS4, a empresa simplesmente fez um “Notebook Gamer” em parceria com a AMD. No PS5, a parceria se manteve. Pelo menos, na geração atual, a Sony tentou dar uma “diferenciada” com o "I/O Tempestuoso" (Tempestuous Input/Output). Uma ideia bem interessante onde o SSD envia dados descompactados de maneira direta para a GPU. Isso parecia genial, para 2019 e 2020, mas o Series X também possui um SSD bem veloz, e SSDs dos PCs atuais são igualmente rápidos e baratos.

 

 

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