Finalmente a “nova geração” chegou!

O ano é 2025 — e não 2020. Só agora, cinco anos após o lançamento dos consoles da "nova geração", é que realmente começamos a sentir que essa geração de fato começou.

Jogos como Clair Obscur: Expedition 33, Mafia: The Old Country, Death Stranding 2 e GTA 6 passam aquela sensação de: "nem ferrando isso rodaria no PS4 ou Xbox One"

É o famoso "cheiro de nova geração", com gráficos, física e escalas que simplesmente não são viáveis no hardware anterior. Agora sim, dá para dizer que estamos chegando nos jogos feitos para o presente — e não mais um game cross-gen adaptado.

Red Dead Redemption 2 colocou a régua lá em cima para qualquer jogo da geração passada. Lançado há sete anos — sim, quase uma geração inteira — ele parecia intocável por muito tempo. Mas os lançamentos de 2025 e os que vêm por aí em 2026 finalmente parecem estar chegando no seu nível. É uma evolução tímida, mas existente.

 

O papo é velho, mas a geração é nova!

 


A geração mais lenta da história

Comparando com gerações anteriores, percebemos que sempre houve saltos tecnológicos claros, especialmente no visual e no desempenho.

Foi inacreditável sair do PlayStation 1 para o PlayStation 2, ou ver o PS3 com o "realismo" — hoje ultrapassado — de Metal Gear Solid 4.

Lembro da primeira vez que vi Need for Speed Underground em uma locadora. Aqueles gráficos com reflexos simulando o asfalto molhado (o famoso SSR) e aquela trilha sonora inesquecível... era tudo muito impactante.

Ou ainda Gears of War, com o som das TVs no máximo em uma locadora, no meio do caos da batalha. Era outro patamar, uma verdadeira surra visual no PS2.

 

Gears of War no Xbox 360 era inacreditável!

Já o salto do PS4 para o PS5 (e do Xbox One para o Series X|S), até pouco tempo, dividia opiniões. Alguns especialistas chegaram a afirmar que era isso mesmo — que já tínhamos chegado no ápice visual, e que a novidade estava no SSD e nos tempos de carregamento menores.

Mas não! Reduzir essa geração a uma simples "transição" é um erro.

SSD não é novidade. Quando eu tinha um PS4, já usava SSD e os tempos de loading caíam quase pela metade. Cheguei a corrigir problemas de popping de textura em jogos como Final Fantasy VII Remake e Death Stranding, só com a troca de HD para SSD.

Não é à toa que essa geração era cheia de memes: consoles novos que mais pareciam emuladores da geração passada.

(E sim, eu sei que estou desconsiderando Indiana Jones e o Grande Círculo, mas ele saiu só no fim de 2024. Então, tecnicamente, conta como 2025, tá?)


Pandemia e o tempo que não volta mais

A pandemia e a recessão nos EUA deixaram marcas profundas na indústria dos games. Demissões, projetos rushados e muita coisa "feita nas coxas".

Produzir um jogo grande pode levar 5, 7 ou até 10 anos — e esse tempo simplesmente não tem como ser recuperado, nem com rios de dinheiro. Algumas coisas, o dinheiro realmente não compra: tempo.

Até mesmo empresas gigantes como a Rockstar precisaram de mais tempo para otimizar seus projetos. E isso nos leva a um dos pontos mais frustrantes dessa geração.


Gamers aceitaram qualquer coisa nessa geração

 
Alan Wake 2 é muito mal otimizado, cê tá maluco!

Vou logo direto ao ponto: Black Myth: Wukong e Alan Wake 2 são dois jogos considerados "next-gen", mas são mal otimizados. Dependem fortemente de tecnologias como DLSS (ou seja, muletas) para atingir um desempenho minimamente aceitável.

São bons jogos, não me entenda mal. Mas a performance deveria pesar mais nas avaliações. A galera normalizou demais o "é assim mesmo".

 Isso fez muita gente pensar que esse era o ápice da geração e que não era possível extrair mais dos videogames atuais.


Sony e seus remasters sem fim

 

O Remaster de Days Gone foi uma das maiores afrontas dessa geração

Se tem uma empresa que decepcionou nesta geração, foi a Sony. E só não foi pior porque foi salva pelas third-parties.

A estratégia da empresa de apostar tudo nos jogos como serviço se revelou um fracasso. Faltaram lançamentos, e a saída foi reciclar: remaster atrás de remaster.

Tem muito jogador por aí achando que "logo, logo vem um jogaço da Sony", mas a realidade é outra.

A Sony investiu pesado em projetos como Concord e Marathon, acreditando que renderiam bilhões. Mas a aposta nos jogos como serviço foi um tiro no pé.

Mesmo que Marathon dê certo, não vai compensar o valor investido. Pior: ela simplesmente deixou de lado os jogos com foco em história.

O multiplayer de The Last of Us, por exemplo, consumiu quatro anos de desenvolvimento — e foi cancelado. Quatro anos do time principal da Naughty Dog no lixo.

A solução? Liga o modo remaster.


Demorou, mas chegou


 
Sabemos que os jogos estão caríssimos, e não é fácil acompanhar lançamentos. Mas se serve de consolo, 2025 é um excelente momento para comprar um console da geração atual e, finalmente, jogar como se fosse mesmo nova geração.
 
Jogos maravilhosos como Clair Obscur: Expedition 33 me faz sentir o gostinho que não sentia desde quando joguei InFamous: Second Son. Aquele gosto de: sim, isso é nova geração!
 

Quem está chegando agora vai poder aproveitar os melhores títulos com desconto e ainda esperar os próximos lançamentos chegarem já com updates e promoções (ou parceladom vida do gamer BR é dura). 

 

Demorou, mas agora vai.

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